Imagine como seria se descobrisse que tudo o que pensava sobre si mesmo e sua vida não fosse verdade. De repente, perceber que você não é quem achava que era pode ser muito doloroso e confuso.
Essa descoberta muitas vezes nos leva a um período de tristeza ou a um conflito profundo com nossa espiritualidade. É como se estivéssemos trocando de pele, descartando camadas de falsidade – uma parte necessária da nossa evolução.
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Quando começamos a despertar espiritualmente, uma batalha interna se inicia. Por um lado, nosso espírito está ansioso para despertar, mesmo sabendo que enfrentaremos desafios e dor pelo caminho. Por outro lado, nosso lado físico, nossa parte carnal, prefere continuar dormindo, evitando desconfortos. Antes desse despertar, nossa vida era em grande parte controlada pelo nosso lado mais terreno, nosso ego. Mas à medida que avançamos em nossa jornada espiritual, nosso espírito interior assume a liderança, enfraquecendo o domínio do ego.
O ego é poderoso, prospera no controle e luta para mantê-lo. Ele pode nos enganar, fazendo-nos pensar que estamos perdendo o juízo, tudo para nos fazer desistir do despertar e voltar ao nosso sono anterior. Por outro lado, nosso espírito está ligado a algo maior, frequentemente chamado de Deus, e possui uma sabedoria profunda. Ele sabe como viver melhor e experimentar a vida de maneira mais plena. Mas quando o ego se agarra ao controle, a jornada pode parecer uma viagem para um lugar sombrio e incerto, sem nada em que possamos confiar.
Mas há algo verdadeiramente inspirador, o espírito sempre prevalecerá no final. O despertar espiritual está destinado a acontecer, independentemente da resistência feroz do ego e do sofrimento que possamos enfrentar no processo. A conexão do nosso espírito com o Divino é poderosa e inquebrável, e ele nos guiará para um caminho mais iluminado. Para entender plenamente essa luta, precisamos compreender o conflito entre os desejos do nosso eu físico e os anseios mais profundos da alma.
Quando falamos desse conflito entre a carne e o espírito, estamos descrevendo dois desejos muito diferentes que habitam dentro de nós. A carne, representando nossos desejos físicos e emocionais, geralmente busca prazer imediato e conforto. Por outro lado, nosso espírito é mais sério e está focado em atividades mais profundas e significativas. Imagine isso, quando nosso espírito deseja ficar acordado para orar ou meditar, para se conectar com algo mais profundo e significativo, nossa carne só quer dormir. Ela prefere o conforto e a facilidade do descanso à disciplina e ao esforço das práticas espirituais.
Da mesma forma, enquanto o seu espírito pode motivá-lo a ler um livro ou aprender algo novo, expandindo sua compreensão e enriquecendo sua mente, sua parte física preferiria que você apenas deslizasse o dedo pelo telefone. É uma questão de escolher entre entretenimento fácil e crescimento significativo. Sua parte física gosta dos momentos divertidos e descontraídos da vida, é como se uma parte de você não quisesse perder a alegria simples e a facilidade desses momentos.
Para essa parte de você, a seriedade e a disciplina do espírito parecem tirar toda a diversão da vida. Parece que sua parte física está dizendo: por que passar por todo esse esforço e seriedade quando podemos simplesmente nos divertir? Meu amigo, lembre-se de que o motivo pelo qual seu ego tenta tão arduamente resistir à mudança e ao despertar espiritual é porque ele quer protegê-lo. Ele sabe que aprender a verdade pode ser realmente doloroso, às vezes até insuportável, e quer evitar essa dor a todo custo.
Seu ego preferiria permanecer na escuridão, mantendo os olhos fechados para a realidade, em vez de enfrentar essa dor e ver a verdadeira natureza das coisas. Pense em como seu ego reage à dor emocional da mesma maneira que seu corpo reage a uma chama. Quando você toca uma chama, sua mão instintivamente se afasta. Da mesma forma, seu ego recua da dor emocional, tentando mantê-lo seguro do sofrimento e desconforto que frequentemente acompanham a descoberta de verdades profundas.
Mas o seu espírito enxerga as coisas de uma maneira diferente. Ele compreende que a dor não é apenas algo para ser evitado, mas sim uma parte necessária do processo de cura e crescimento. Nessa perspectiva, a dor é como uma estrada, uma rota essencial para alcançar uma compreensão mais profunda e adquirir sabedoria. Não há atalhos ou maneiras fáceis de evitar isso. Muitas pessoas que passaram por um despertar espiritual enfrentaram dores e sofrimentos significativos em suas vidas.
Esses sofrimentos não são apenas eventos aleatórios; eles desempenham um papel crucial na jornada em direção à sabedoria e liberdade. Eles servem como meio para equilibrar dívidas cármicas, ou pecados, que são conceitos importantes em muitas crenças espirituais. Dívidas cármicas referem-se à ideia de que as ações e experiências do seu passado têm consequências que precisam ser resolvidas ou equilibradas no presente ou futuro. Ao suportar dor e sofrimento, você está, essencialmente, acelerando a evolução da sua alma.
Esse processo de equilibrar dívidas cármicas é acreditado para acelerar a transformação e o crescimento espiritual. A ideia é que as experiências, especialmente as desafiadoras, pelas quais você passa na vida não sejam eventos aleatórios, mas estejam profundamente conectadas à jornada e ao desenvolvimento da sua alma. Essa compreensão é a razão pela qual algumas almas optam por um caminho de vida repleto de desafios e dor.
Acredita-se que antes de nascer, sua alma tenha feito escolhas sobre as experiências necessárias para o seu crescimento nesta vida. O caminho que você está trilhando, incluindo as dificuldades que enfrenta, depende das lições que você precisa aprender e da sabedoria que você deseja adquirir. Se você passou recentemente por um despertar espiritual, pode ter sentido como se estivesse perdendo o seu antigo eu. Essa sensação pode ser intensa, quase como se estivesse passando por uma espécie de morte, é como se estivesse se desprendendo lentamente de todas as falsas crenças, normas sociais e condicionamentos que o acompanham há tanto tempo.
Esse processo pode ser tão profundo que você pode sentir como se estivesse morrendo para sua antiga identidade, deixando-o incerto sobre quem você é e qual é o seu lugar no mundo. O rompimento com tudo o que você pensava ser pode ser profundamente desconfortável e doloroso. Sentir dor ao se libertar do seu antigo eu é uma parte normal desse processo. Em muitas tradições espirituais, a morte é vista como o prelúdio para o renascimento. É quando nos desapegamos do velho, das partes mortas de nós mesmos, que uma nova vida e novas perspectivas emergem.
Depois de renascer espiritualmente, o propósito da sua dor e sofrimento se torna mais claro. Olhando para o meu próprio despertar espiritual, percebi que a dor que experimentei foi incrivelmente transformadora. Foi ela que me ajudou a descobrir meu verdadeiro propósito na vida. Sem passar por essa dor, eu não seria capaz de fazer o trabalho que amo hoje, nem de ajudar os outros que estão enfrentando seus próprios despertares dolorosos.
Essa jornada me ensinou que a maior dor na vida muitas vezes aponta para como você pode ajudar os outros. Sua maior dor se torna uma bússola, orientando-o para onde você pode realmente fazer a diferença no mundo. A dor, quando compreendida corretamente, é um presente. Somente com o tempo você pode ver a bênção escondida em uma experiência que pode ter parecido como uma morte metafórica.
São essas experiências desafiadoras que frequentemente levam a um crescimento e compreensão mais profundos. Se você ainda está comigo, quero estender um sincero agradecimento por fazer parte desta comunidade de ampliadores da consciência. Se esta mensagem ressoou com você, por favor, considere compartilhar com seus amigos e familiares.
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Que Deus te abençoe abundantemente. Desejo a você um dia maravilhoso.